O final do episódio 6 de Daredevil: Born Again marca um ponto de virada intenso e carregado de emoção para Matt Murdock, além de consolidar a ameaça crescente de Muse e a escalada de poder de Wilson Fisk como prefeito de Nova York.
A seguir, explicamos os principais acontecimentos e seus significados, com foco no impacto para o futuro da série — e do próprio MCU.
🟥 O retorno oficial do Demolidor
Depois de episódios de muita dúvida e luta interna, Matt enfim veste o manto do Demolidor novamente. A gota d’água é o desaparecimento de Angela Ayala, sobrinha de White Tiger, que vai investigar sozinha o paradeiro do assassino serial Muse.
Quando Soledad liga para Matt avisando que a filha sumiu, ele hesita em chamar a polícia… e opta por agir com as próprias mãos.
Vestido com o traje clássico e usando os bastões, Demolidor invade o esconderijo de Muse e protagoniza uma das melhores lutas da temporada até agora. A ação é brutal, rápida e com impacto emocional, pois é a primeira vez que vemos Matt se entregar totalmente ao seu lado vigilante desde a morte de Foggy.
💔 A escolha de Matt: capturar Muse ou salvar Angela?
Durante o embate, Muse consegue surpreender Matt e deixar Angela desacordada. Nesse momento, o herói precisa decidir: persegue o vilão ou salva a garota? A decisão de Matt resume tudo o que define o Demolidor — ele escolhe salvar uma vida, mesmo que isso custe a fuga do assassino.
Essa escolha é um reflexo direto de seu trauma por não ter conseguido salvar Foggy no episódio 1.
Agora, ele tem uma chance de evitar outra tragédia, e não hesita. A cena termina com Matt carregando Angela e Muse escapando nas sombras, o que deixa claro que esse confronto ainda está longe de terminar.
🧠 Significado simbólico dessa cena
Essa escolha de Matt tem peso temático: ela representa a reconciliação com seu código moral. Apesar da raiva acumulada e da sede de justiça (ou vingança), Matt ainda é o homem que acredita na vida acima de tudo.
Ele ainda tem fé — se não na justiça dos homens, na justiça de Deus. A cena dele rezando sobre Angela reforça esse laço espiritual e o peso que a fé católica ainda tem no seu personagem.
🧠 Paralelos com o passado e os quadrinhos
Nos quadrinhos, sempre que o Demolidor se afasta de sua missão e retorna, isso vem com sacrifício e transformação. Esse momento lembra a HQ Born Again, onde ele renasce como herói após ser destruído emocionalmente.
Também remete à fase Shadowland, onde Matt se perde na escuridão — mas diferente daquela história, aqui ele opta por não cruzar a linha da violência desmedida.
🪓 O outro final: Fisk e Adam
Enquanto Matt luta por redenção, Fisk se entrega à brutalidade total. Ele leva um machado até o porão onde mantém Adam, amante de Vanessa, e oferece a arma como uma falsa chance de luta.
A cena é tensa, mas termina com Fisk humilhando Adam mais uma vez, reafirmando sua promessa de não matá-lo — por enquanto.
É uma metáfora poderosa: Fisk se entrega à sua pior versão, enquanto Matt resgata a sua melhor.
👮 A força-tarefa anti-vigilantes e o futuro sombrio
No outro front, Fisk aproveita os crimes de Muse para implementar sua força-tarefa especial, composta por policiais corruptos como Powell e o recém-introduzido Cole North. Isso ecoa o arco Devil’s Reign dos quadrinhos, onde Fisk usa o cargo de prefeito para declarar guerra aos vigilantes.
North, em especial, deve ganhar destaque, já que nos quadrinhos ele chega a enfrentar (e vencer) o Demolidor — e no MCU, ainda carrega o símbolo do Justiceiro em seu uniforme, o que promete mais atrito com Frank Castle no futuro.
🧩 Como o episódio conecta todo o universo Marvel?
Além da tensão crescente entre Matt e Muse, e do avanço de Fisk, o episódio ainda joga sementes para os Jovens Vingadores (com Kamala Khan em missão na Califórnia), aprofunda a crítica social através da arte distorcida de Muse, e traz Jack Duquesne (Espadachim) de volta, como um possível aliado mascarado na guerra contra o sistema.
✅ O renascimento do herói
O final do episódio 6 é a verdadeira ressurreição do Demolidor. Depois de passar metade da temporada dividido, hesitante e ferido, Matt Murdock volta a ser quem ele é: um protetor, um guerreiro, e um homem guiado por algo maior do que ele mesmo. Muse ainda está solto. Fisk está cada vez mais poderoso. Mas agora, Hell’s Kitchen voltou a ter seu guardião.
E como a própria série deixa claro: isso é só o começo.